A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece tecnicamente empatado com diversos nomes da direita em cenários de segundo turno para as eleições presidenciais de 2026. Entre os adversários com quem Lula empata estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).
Os empates ocorrem dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Já contra nomes como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Lula vence fora da margem de erro.
Queda nas intenções de voto para Lula
Comparado à última pesquisa, realizada em março, Lula apresentou queda nas intenções de voto no principal cenário contra Jair Bolsonaro, caindo de 44% para 41%. Bolsonaro, mesmo inelegível até 2030, oscilou positivamente de 40% para 41%, empatando com o petista. O número de indecisos cresceu de 3% para 5%, enquanto a parcela que opta por branco, nulo ou não votar se manteve em 13%.
Nos demais cenários, os nomes da direita registraram crescimento nas intenções de voto, enquanto Lula manteve oscilação dentro da margem de erro. Os dados sugerem uma tendência de crescimento da competitividade eleitoral da oposição para 2026.
Rejeição à reeleição de Lula sobe para 66%
Outro dado relevante da pesquisa mostra o avanço da rejeição à possibilidade de Lula disputar um novo mandato. Em dezembro de 2024, 52% diziam que o presidente não deveria tentar a reeleição. Esse número saltou para 62% em março de 2025 e agora chegou a 66%. Já os que defendem sua candidatura caíram de 35% para 32% no mesmo período.
No caso de Jair Bolsonaro, 65% acreditam que ele deveria abrir mão de concorrer e apoiar outro nome, enquanto apenas 26% defendem sua candidatura, mesmo ele estando inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente também é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em ação penal que apura sua participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em todos os estados brasileiros, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. O índice de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
Com os números ainda voláteis e um cenário polarizado, a eleição de 2026 promete ser uma das mais disputadas da história recente do país. Enquanto isso, tanto governo quanto oposição observam os movimentos do eleitorado com atenção redobrada.
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